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Mostrando postagens de julho, 2013

Coração de Leão II

- Demorei muito? A voz de ... Coração de Leão ricocheteou no silêncio de minha solidão. Onde só era possível ouvir os batimentos do meu coração, agora acelerados devido à volta daquela voz com que eu sonhara todas as noites desde a nossa última juntos. Fechei os olhos com medo de ver que era apenas um sonho, de que ele não havia realmente voltado. Eu cheguei a pensar em sair com outras pessoas, para tirá-lo de vez de minha mente. Mas eu fui incapaz de completar minha missão. Em todos os olhos eu procurava os seus, em todas as bocas eu procurava seu beijo. ... Coração de Leão roubara meu coração com suas garras afiadas e seus olhos incrivelmente azuis. Chegou a fazer poesia para me conquistar. Ele não sabia mas já me tinha nas mãos. Eu queria mais, queria residir em seu abraço.

Porque meu mundo é você

Eu posso não saber fazer um coque bem alto no meu cabelo como Ela fazia... Mas eu aposto que você vai sentir falta de alguém fazendo carinho na sua nuca enquanto você dirige. .. Porque, na verdade, meu príncipe, é que ninguém é perfeito, nem exatamente como o outro quer. É verdade também que você não é um príncipe, mas gosto de como soa quando te chamo assim. Você nunca foi o cara certo para mim, mas eu aprendi a lidar com seu costume de sair à noite, com o fato de você não ser o cara mais carinhoso do mundo e nem ao menos gostar de dormir agarradinho. Mas eu te aprendi a lidar porque eu sei que você tentou. Como sei que você tem uma vida agitada e uma filha pra cuidar, sei também que tem as mãos pesadas e não leva muito jeito e sei que roubo seu espaço na cama e te aperto muito forte, mas eu queria ter certeza de que você não sairia dali. As minhas expectativas sempre serão grandes quando se tratar de você. Porque você sempre me deu o mundo... Porque meu mundo é você...

O talvez já se foi

Já faz um tempo que ele se foi. Desde então eu passei a olhar mais para os lados. Com ele era apenas em frente, sempre em frente; tudo parecia estar em seu lugar, não havia o que procurar. Tem um tempo já que ele virou naquela esquina movimentada e seguiu sem mim, sumiu na multidão. Não sei onde aquela rua vai dar, e nem dá para saber. Já ficou para trás. Eu continuo em frente, seguindo o mesmo caminho que eu estava antes de começar a caminhar com ele. São tantas esquinas, tantos nomes; avenidas, ruas sem saída, ruas de mão dupla, ruas de mão única... Ainda não dobrei nenhuma esquina, ainda não sai dessa rua na qual ele me deixou; talvez seja o medo de me perder novamente. Talvez na próxima esquina eu me encontre. Quem sabe. Minha amiga disse que ali há um bar que é a minha cara, talvez eu vá conhecer. Bom, o talvez ficou para trás. Alcancei a esquina e vou conhecer o bar. Volto outra hora... Talvez.

Australiano I

Naquele dia eu estava disposta a me divertir. Marquei uma balada com as amigas, queria dançar. Acabei-me na posta de dança com a minha cantora favorita cantando ao vivo; fazia tempo que eu não me divertia assim. Arrisco dizer que éramos as mais animadas da pista. Uma pausa ou outra para uma cerveja; o balcão estava cheio. Um rapaz com cara de australiano, camisa da mesma cor dos olhos, do outro lado do balcão, parecia ter a mesma idéia que nós. Seus olhos eram fixos, a expressão era séria, mas via-se claramente o interesse enrustido naquela cara de “macho” alfa. Também arrisco dizer que havia uma pinta de dúvida em sua expressão. Como se estivesse em uma luta interna, se perguntando se deveria ou não atravessar o salão para falar comigo. Olhou uma, duas, três vezes. Eu diria que estava rolando um clima entre nós. Comentei com as minhas amigas. Ele atravessou o salão. Mas não em minha direção. Ia para a escada. Olhou novamente e voltou para o lugar de onde partiu.