Para ler ouvindo Too Close, Alex Clare
Entre
outras, como Flor, do Jorge e Mateus
Meu
sobrenome é ansiedade. Sempre quis tudo para
ontem e nunca tive tempo a perder. Até mesmo ao andar na rua eu não
suporto/ava as pessoas que andam mais
devagar que eu (detalhe: isso todos os meus amigos já tinham reparado). Uma
pessoa, assim, um tanto diferente, resolveu aparecer no pior momento da minha
vida. OK, eu só me mostrei quando eu realmente precisava de “ajuda”. Momento
este em que a pressa era a maior, que a ansiedade estava o dobro do dobro, a
carência então? Nem se fala... Essa aí não tem jeito.
Ele
faz o tipo bom moço, aquele que senta na primeira fileira e paparica todas as
tiazinhas que não tiveram o ‘prazer’ de se casar (e até das que casaram). E ele
tem aquela droga daqueles olhos verdes. Porque diabos esses olhos verdes tinham
que ser tão expressivos? Afinal, o que tem de mais nuns olhos verdes? Eles são
apenas (e digo, a-p-e-n-a-s) o castanho que deu errado... Não é isso que os
biólogos dizem? Então porque esse garoto metido a bom moço tinha que ter os
ollhos-verdes-que-são-um-castanho-que-deu-errado mais expressivos que eu já vi?
Bate de dez a zero em todos os olhos azuis que eu já conheci.
Por
que será? Porque ele não correspondia minhas tentativas de manter uma conversa
no facebook? Porque todos os Domingos que nos encontrávamos ele fingia que não
me conhecia? Ou porque ele simplesmente foge
dos padrões convencionais? Em todos os sentidos. Mas eu sempre desconfiei
que ele, todo bom moço, todo certinho, adoraria uma garota prendada ao seu
lado, principalmente se fizesse ótimos cupcakes. Lóóóógico, né... Eles nunca
falham. Dá pra conquistar até a sogra, mas nesse caso é bom fazer uns diet’s
para não perder a confiança.
Eu
tinha na minha mente a imagem de um bom moço que encontrava sua
garota-prendada-perfeita e dentro de uma semana ele a pediria em casamento e
eles seriam felizes para sempre ou algo do tipo. Mas, assim, bem rapidinho né?
Que nada... Amanhã faz uma semana desde nosso primeiro encontro oficial (nem
sei se deveria considerar um primeiro encontro, ele pegou na minha mão e blah
blah blah, foi um cavalheiro de primeira e eu sinceramente não esperava menos
dele [apesar de não saber lidar bem com esse tipo de tratamento, acá ele
percebeu], mas... bom, tinha muita gente lá e não rolou beijo não, desculpa
decepcionar, amigas) e não parece nem um poquinho que vai me pedir em
casamento. OK, seria esperar demais, mas vale sonhar né?
Como
eu já disse, ele foge dos padrões convencionais e tem todo aquele jeitinho de
menininho que precisa ser cuidado, que precisa ser ouvido, que no fim na noite
também precisa de um ombro pra se encostar, e... Ah... Como eu queria
experimentar nem que fosse um só diazinho ser tudo isso. Poxa, ele até me falou
da cama nova que comprou, por que outra razão ele me contaria isso? Bom, eu
acho que ele só não comentou da cafeteira porque não queria que eu pensasse que
era pra eu ficar até o dia amanhecer... Mas tudo bem, quanto a isso eu já aprendi
a lição.
Apesar
de dizerem que as meninas amadurecem mais rápido que os meninos, será que ele
precisa realmente de todo esse tempo para se adaptar a essa nova situação? Ou
ele realmente não quer e eu não entendi os sinais? O que é perfeitamente normal
de acontecer comigo. Mas, se fosse isso, porque as pessoas continuariam a fazer
comentários? Porque a metade da nossa foto juntos transpareceria em seu rosto
uma alegria “imensa”? Eu não consigo acompanhar esse ritmo, não consigo
gostar-não gostar-gostar de novo, só pra ter o prazer de fazer uma
“conquistazinha”... Eu esperei tanto tempo esse dia e ele não chegou. Não é
fazer pressão, não é forçar a barra nem nada. Mas, eu estou esperando em vão?
No fundo eu acho que também não sigo os padrões convencionais e certamente a
melhor maneira de saber se esse dia vai chegar, é esperar... Quem espera um
dia, espera dois, três... Alguma coisa nesse olhar me diz que vale a pena esperar.
Que esse coração, apesar de enorme (que agora deve estar bem apertadinho dentro
do peito, que nem o meu) precisa de um tempo pra se recuperar. E ah, tem uma
coisa que eu não contei, o meu também precisa...
Só
um último recadinho pra esse bom moço que foge dos padrões convencionais: Espera
por mim que eu espero por você, OK? Mas me promete que no fim de tudo isso você
vai segurar minha mão novamente? Em troca te prometo que nunca mais estarei
mais alta que você.
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